Na noite de 31 de maio, quando o relógio marcar 21h em Portugal, milhões de olhos vão fixar-se na Allianz Arena, em Munique. Paris Saint-Germain e Inter de Milão vão disputar a final da Liga dos Campeões. E embora nenhuma equipa portuguesa esteja em campo, é impossível não sentir que esta final também nos toca — porque o futebol é maior do que as fronteiras, os clubes ou os nomes nas camisolas.
Um jogo que nos une, mesmo à distância
Seja num café em Viseu, num terraço em Lisboa ou num sofá no Porto, o ritual será o mesmo: juntar amigos, comentar cada jogada, lembrar finais passadas. E mesmo sem ter uma bandeira portuguesa no relvado, cada adepto encontra motivos para se envolver — por simpatia por um jogador, por afinidade com um estilo de jogo, por aquela memória que ficou de uma meia-final de outros tempos.
Porque quem gosta de futebol em Portugal não vê só pelo resultado. Vê pela emoção, pelo detalhe, pela beleza e pela dor de um golo sofrido ou pela glória de um remate perfeito ao ângulo.
Paris e Milão: cidades que falam à nossa cultura
A identidade portuguesa cruza-se, de forma quase invisível, com o espírito destas duas cidades.
Milão, com o seu futebol tático, calculista, apaixonado — lembra-nos o gosto pela estratégia, o respeito pelas raízes e a valorização da experiência. E sim, muitos de nós cresceram a ver o Inter de Mourinho a dominar a Europa em 2010.
Acesso Premium
Para continuar a ler este artigo exclusivo, assine o nosso plano Premium.
- Acesso a todos os artigos exclusivos
- Análises tácticas avançadas
- Entrevistas exclusivas com especialistas
- Sem anúncios
Apenas 4,99€/mês
Paris, com a sua ousadia, arte e espetáculo — fala-nos do lado criativo, da liberdade em campo, da procura pela beleza no jogo. Um estilo que encaixa bem no olhar português sobre o futebol bem jogado, bonito e espontâneo.
Para além do futebol, uma experiência cultural
Uma final como esta é também um reflexo daquilo que o futebol representa na Europa: uma linguagem comum entre povos diferentes. E em Portugal, onde o futebol é parte do quotidiano, é impossível ficar indiferente.
É nos comentários em grupo, nas comparações com o nosso campeonato, nas conversas que começam com "o que é que tu achas deste Dembélé?" ou "lembras-te daquele jogo do Lautaro contra o Benfica?" que a final se torna nossa.
A voz de quem sente
Mesmo que esta final não traga bandeiras portuguesas ao relvado, traz algo mais íntimo: a paixão com que se vive o futebol neste país. E isso é visível no entusiasmo com que se comenta, na emoção com que se espera e na atenção com que se analisa. Cada adepto português — do mais veterano ao mais jovem — vai assistir com olhos atentos, porque sabe que finais como esta não se repetem todos os dias.
No fundo, esta final pertence a todos nós. A quem vibra, a quem observa, a quem sente o futebol com o coração.
E no sábado à noite, entre um golo, um drible e um suspiro coletivo, voltaremos a lembrar por que razão este jogo continua a ser o maior espetáculo do mundo.